terça-feira, 4 de março de 2014

O debate sobre o sábado

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O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado. [MARCOS 2.27-28]
O quarto debate entre Jesus e os líderes religiosos foi sobre o sábado e aquilo que era lícito ou ilícito fazer nesse dia. Marcos registra dois incidentes, ambos ocorridos num dia de sábado.
O primeiro aconteceu quando eles passavam por alguns campos de cereal. Enquanto caminhavam, Jesus permitiu que os discípulos arrancassem algumas espigas para comer. 
A lei proibia especificamente a colheita no sábado (Êx 34.21), e na tradição oral arrancar espigas era equivalente a colher. 
Logo, os discípulos eram culpados (aos olhos dos escribas) de uma séria violação à lei. 
Em resposta, Jesus apelou à Escritura e os fez lembrar que, quando Davi e seus homens estavam com fome, eles comeram pão consagrado no tabernáculo, o que era lícito somente aos sacerdotes. 
A Escritura, contudo, não os condenou, o que mostra que ela é menos rígida em sua aplicação da lei que os fariseus. 
Jesus concluiu com as notáveis declarações de que “o sábado foi feito por causa do homem [ou seja, para o nosso deleite], e não o homem por causa do sábado”, e que ele era “Senhor até mesmo do sábado”, porque tinha autoridade para interpretá-lo corretamente.
O segundo incidente ocorreu na sinagoga, onde Jesus, num sábado, curou um homem cuja mão era atrofiada. Ele disse ao homem que ficasse em pé diante de todos e então perguntou aos espectadores: “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar a vida ou matar?” (3.4). 
Ninguém respondeu, pois na pergunta de Jesus havia algo mais do que era possível perceber a princípio. 
Ele estava expondo a hipocrisia dos líderes religiosos. Enquanto Jesus planejava fazer o bem e curar no sábado, eles se achavam cheios de maus pensamentos: “Começaram a conspirar… como poderiam matá-lo” (v. 6).
Ao observarmos a série de quatro pequenos debates ou histórias conflitantes que Marcos organizou, percebemos que elas não apenas preservam um valioso ensino como também retratam Jesus em sua supremacia. 
Ele é o Filho do homem, que tem autoridade para perdoar pecados, o médico de nossa alma, o Noivo que enche seus convidados de alegria e o Senhor até mesmo do sábado.
Para saber mais: Marcos 2.23–3.6
Fonte:  Retirado de A Bíblia Toda, o Ano Todo [John Stott]. Editora Ultimato.

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